sociedadedepsicanalise.com.br/destaque/doutorado-em-psicanalise

1. O que é a Psicanálise?
Resposta: A psicanálise é um método de tratamento de transtornos mentais, moldado pela teoria psicanalítica. Fundada por Sigmund Freud (1856-1939), enfatiza processos mentais inconscientes e é algumas vezes descrita como a “psicologia profunda”, ocupa em explicar o funcionamento da mente humana, ajudando a tratar distúrbios mentais e neuroses. O objeto de estudo da psicanálise concentra-se na relação entre os desejos inconscientes e os comportamentos e sentimentos vividos pelas pessoas.

2. O que é esquizofrenia? E quais são os principais sintomas desse transtorno psíquico?
Resposta: Bleuler (1857-1939) criou o termo “esquizofrenia” (esquizo = divisão, phrenia = mente) que
substituiu o termo demência precoce na literatura. Bleuler conceitualizou o termo para indicar a presença
de um cisma entre pensamento, emoção e comportamento nos pacientes afetados. Inicialmente, foi descrita pelo psiquiatra Emil Kraepelin, ao final do século XIX. Na época, ele deu à doença o nome de Demência Precoce. A esquizofrenia é uma desestruturação psíquica que faz com que a pessoa perca a noção da realidade e não consiga mais diferenciar o real do imaginário. É um dos principais transtornos mentais de
que se tem conhecimento.
Os primeiros sinais e sintomas da doença aparecem mais comumente durante a adolescência ou início da
idade adulta. Apesar de poder surgir de forma abrupta, o quadro mais freqüente se inicia de maneira
insidiosa. Sintomas prodrômicos pouco específicos, incluindo perda de energia, iniciativa e interesses,
humor depressivo, isolamento, comportamento inadequado, negligência com a aparência pessoal e higiene,
podem surgir e permanecer por algumas semanas ou até meses antes do aparecimento de sintomas mais
característicos da doença.

3. Quem foi o Pai da Psicanálise?
Resposta: Sigmund Schlomo Freud. Nasceu em Freiberg, na Morávia (hoje República Tcheca). Devido a
problemas econômicos, sua família se mudou para a Aústria em 1860. Aos 17 anos, Freud ingressou na
Universidade de Viena para estudar medicina. Em 1886, se casou com Martha Bernays e abriu uma
clínica especializada em distúrbios nervosos, onde desenvolveu o princípio da psicanálise. No ano de
1900, foi designado professor na mesma universidade. Em 1938, refugiou-se com sua família em
Londres, em função da perseguição nazista. Depois de sofrer dezenas de intervenções cirúrgicas devido a
um câncer de palato, Freud faleceu, em 1939.

4. Qual a diferença entre Psicanalista, psiquiatra e Psicólogo?

Resposta: Psicanalista: É um profissional que pertence a uma Sociedade Psicanalítica aonde permanece
em estudos e pesquisas constantes durante toda a sua carreira, é também uma especialidade interdisciplinar,
e que tem em sua prática como o nome já diz (analisar a alma), ‘psique’ = teoria da alma. Este especialista
da ‘Psique’ está preparado para analisar, avaliar, diagnosticar e cuidar terapeuticamente dos casos de
conteúdos inconscientes, que necessitam de sua interpretação e tratamento.
Psiquiatra: É um médico que após sua graduação de medicina se especializa em Psiquiatria. Esta é uma
especialidade exclusiva da medicina e que capacita o profissional a diagnosticar todas as doenças mentais,
baseados em avaliações biológicas, laboratoriais e de imagens. Este profissional é também preparado para
orientar sobre a intervenção química medicamentosa, e só ele o pode fazer.
Psicólogo: É um profissional graduado em Psicologia, que é a ciência responsável por estudar o
comportamento, também as emoções e o intelecto humano por meio de diversas teorias e correntes de
pesquisa. Desta maneira por se tratar de uma ciência, o profissional Psicólogo reúne competências para
realizar avaliações, aplicar testes e realizar diagnósticos.

5. O que é Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC)? Quais são as principais causas? cite exemplos de
(TOC).
Resposta: TOC é considerado uma doença mental grave por vários motivos: está entre as dez maiores
causas de incapacitação, de acordo com a Organização Mundial de Saúde; acomete preferentemente
indivíduos jovens ao final da adolescência e muitas vezes começa ainda na infância sendo raro seu início
depois dos 40 anos; geralmente é crônica e, se não tratada, na maioria das vezes se mantêm por toda a vida.
Os sintomas raramente desaparecem por completo: o mais comum, quando não é realizado nenhum
tratamento, é que apresentem flutuações ao longo da vida, aumentando e diminuindo de intensidade, mas
estando sempre presentes em algum grau. Em aproximadamente 10% dos casos, tendem a um agravamento
progressivo, podendo incapacitar os portadores para o trabalho e acarretar sérias limitações à convivência
com a família e com as outras pessoas, além de submetê-los a um grande e permanente sofrimento.
Transtorno obsessivo-compulsivo- TOC é uma doença bastante comum, acometendo, aproximadamente,
um em cada 40 ou 50 indivíduos. No Brasil, é provável que existam entre 3 e 4 milhões de portadores.
Muitas dessas pessoas, embora tenham suas vidas gravemente comprometidas pelos sintomas, nunca foram
diagnosticadas e mais dificilmente ainda, tratadas.
Preocupar-se excessivamente com limpeza, lavar as mãos a todo o momento, revisar diversas vezes
portas, janelas ou o gás antes de deitar, não usar roupas vermelhas ou pretas, não passar em certos lugares
com receio de que algo ruim possa acontecer depois, não sair de casa em determinadas datas, ficar aflito
caso os objetos sobre a escrivaninha não estejam dispostos de uma determinada maneira, são alguns
exemplos de ações popularmente consideradas manias e que, na verdade, são sintomas do TOC

6. Quem foi Carl Gustav Jung?
Resposta: Carl Gustav Jung (1875 – 19610) psiquiatra e escritor suiço, rompeu com o mestre, Sigmund
Freud, em 1913. Discordava da excessiva importância que Freud dava aos aspectos sexuais em sua análise
do comportamento humano. Introduziu o conceito de inconsciente coletivo, conjunto de experiências da
humanidade acumuladas no curso do tempo, que se manifestam em um número reduzido de imagens e arquétipos. Propôs uma tipologia de formas psíquicas da personalidade, baseada na introversão e na
extroversão. Entre suas obras destacam-se Psicologia do inconsciente (1942) e Desenvolvimento da personalidade (1967).

7. O que você entendeu ao ler a disciplina: O Luto e sua relação com os estados Maníaco-Depressivos?
Resposta: Considerando que luto é caracterizado como uma perda de um elo significativo entre uma
pessoa e seu objeto, portanto um fenômeno mental natural e constante durante o desenvolvimento humano.
Nesse contexto, por se tratar de um evento constante, acaba implicando diretamente no trabalho de
profissionais da saúde, tornando-se um conhecimento necessário para o amparo adequado àqueles que
sofrem a perda. A ideia de luto não se limita apenas à morte, mas o enfrentamento das sucessivas perdas
reais e simbólicas durante o desenvolvimento humano. Deste modo, pode ser vivenciado por meio de perdas
que perpassam pela dimensão física e psíquica, como os elos significativos com aspectos pessoais,
profissionais, sociais e familiares do indivíduo. O simples ato de crescer, como no caso de uma criança que
se torna adolescente, vem com uma dolorosa abdicação do corpo infantil e suas significações, igualmente,
o declínio das funções orgânicas advindo com o envelhecimento. A capacidade de o indivíduo, desde a
infância, se adaptar às novas realidades produzidas diante das perdas servirá como modelo, compondo um
repertório, reativado em experiências interiores.
Para Freud, o ego tinha sempre que enfrentar dois tiranos inimigos: a realidade externa e as pulsões,
enquanto para Klein (1932/1975) o homem estava, sempre, inteiramente à mercê das pulsões destrutivas.
Winnicott (1963/1974) por sua vez, autor bem mais otimista que Freud e Klein, não via a realidade como
inimiga e acreditava que o processo maturacional tinha uma natural aptidão para a saúde, embora raramente
se alcançasse a maturidade completa. Inclinava-se a conceber o homem como um ser viável e criativo,
embora incluísse em sua perspectiva as pulsões de morte.
O trabalho de simbolizar e elaborar a perda, reencontrando novos caminhos para o desejo, leva certo tempo
e envolve algum pesar. É por meio desse percurso que esses objetos de amor podem ser desinvestidos e o
sujeito passa a encontrar novos substitutos. Evidentemente, esse processo não é tão simples, pois envolve
não apenas encontrar um objeto substituto, mas elaborar as fantasias conscientes e inconscientes que são
ativadas com a perda de objeto. O processo de luto é, portanto, um redimensionamento das fantasias e
defesas do psiquismo, em busca de um novo equilíbrio de forças.

8. Faça um breve resumo da disciplina: A interpretação dos sonhos – Parte 1

Resposta: -SOBRE A OBRA
Este livro foi publicado em quatro de novembro de 1899 e por uma decisão do editor foi a data de
impressão de 1900 e não teve uma boa repercussão, sendo sua vendagem bastante reduzida. “A obra de
Freud provoca uma ruptura absolutamente radical na maneira de abordar o homem em 25 séculos de
pensamento. Todas as filosofias, toda a psicologia incipiente, toda a ciência até Freud se preocupava com o homem em seu aspecto consciente. Segundo o próprio Freud, o conceito de inconsciente e a formulação
de que o homem não é senhor em sua própria morada tem importância equivalente às rupturas causadas
pela passagem do teocentrismo para o heliocentrismo e pela comprovação da ascendência animal do
humano.”
“A INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS É A VIA RÉGIA QUE CONDUZ AO CONHECIMENTO DO
INCONSCIENTE DA VIDA PSÍQUICA.” S. FREUD.

O sonho é uma atividade psíquica diferente do estado de vigília, e tem suas próprias leis. O que levou
Freud a descobrir o objetivo dos sonhos foi a associação livre. A interpretação depende das associações
livres colocadas pelo analisando, em conformidade com o conteúdo relatado por este do seu sonho. O
sonho é uma produção própria de quem sonha e que não provem de uma fonte estranha a ele, imposta de
fora. O sonho se divide em dois tipos de conteúdos, sendo:

CONTEÚDO MANIFESTO: é a forma como o sonho é relatado, com o sentido geralmente obscuro.
CONTEÚDO LATENTE: este conteúdo só é decifrado após as associações livres do paciente. O sonho é
a realização dissimulada de um desejo inconsciente reprimido, recalcado. A realização deste desejo não
aparece no relato do sonho, e cabe ao trabalho de análise efetuar o esclarecimento do verdadeiro sentido
do sonho. O sonho utiliza cinco mecanismos principais para atingir seus objetivos, que são descarregar a
tensão causada por desejos e outras necessidades do trabalho psíquico, onde estes são enviados para o
inconsciente pela censura do superego, o recalque.
TRABALHO DO SONHO
1º. CONDENSAÇÃO: É um dos mecanismos fundamentais do trabalho do sonho, igualmente na
formação de sintomas, de lapsos ou de chistes. Ela constrói caminhos outros para um mesmo pensamento,
pensamentos intermediários muito alienados. Esta condensação é capaz de transformar um grupo de
pessoas em um só representante, como exemplo podemos expor que para representar uma família de
várias personagens a condensação substitui todos por somente um elemento.
2º. DESLOCAMENTO: O trabalho do sonho substitui os pensamentos significativos do sonho por
pensamentos e imagens acessórios. Fazendo assim que o conteúdo latente fica dissimulado à realização
do desejo. A condensação e o deslocamento interligam-se para o mesmo objetivo que é camuflar o desejo
recalcado no conteúdo manifesto, para desta forma não torna-lo consciente. Deixando desta forma o
trabalho dos sonhos descarregar as forças psíquicas aliviando as tensões no inconsciente.
3º. O PROCESSO DE REPRESENTAÇÃO: É a forma, onde o trabalho do sonho transforma os
pensamentos em imagens visuais representativas. Um exemplo são os desenhos primitivos encontrados
nas paredes de pedra nas cavernas, onde imagens representativas formam pensamentos e ou
demonstrações das atividades ou desejo, como caçadas e saudações à deuses.
5º DRAMATIZAÇÃO: A dramatização é a forma, em que o trabalho do sonho realiza o desejo com
cenas, imagens de objetos e personagens são criadas para acabar com a censura as representações sexuais
da psique do indivíduo.
4º. A ELABORAÇÃO SECUNDÁRIA: No estado de vigília o paciente procura transformar o conteúdo
manifesto, com um significado racional. Fazendo desta forma que o conteúdo latente fique cada vez mais reprimido, escondido. Com a associação livre este conteúdo vai ganhando forma e desta forma o inconsciente expõe a forma, sendo transformado o conteúdo latente em consciente.
-O PAPEL DOS SIMBOLOS NOS SONHOS
O trabalho dos sonhos desempenha o papel de transformar o que foi censurado e recalcado, como os
desejos sexuais na criação de símbolos e ou imagens, que permitem ao sonhador contornar a censura
usando sua inteligibilidade. – Existem símbolos universais, culturais e individuais, sendo todos estes
necessários para a interpretação do sonho. Somando o conteúdo das associações livres interpretadas pelo
paciente ao psicanalista. Sendo assim de grande importância a forma de como o sonhador relata o seu
sonho. -OS SONHOS E AS NEUROSES
O sonho pode ser entendido como a expressão de uma série de desejos, que encontram nele (sonho) a
única via para consciência. É por isso também que o sonho será entendido por Freud como a via régia
para o inconsciente, uma vez que é sua manifestação mais direta. O sintoma neurótico é também uma
manifestação de um desejo. A diferença é que o sintoma encontra a solução para que o desejo se
apresente na consciência, sendo que este desejo se apresenta com distorções para ser aceito pelo
consciente. Também através do método da associação livre estes sintomas vão se adequando de forma
melhor ao consciente até chegar como uma opção desvelada ao paciente.
-O FUNCIONAMENTO DO SONHO
É nos capítulos 6 e 7 do livro, que Freud desenvolve o mecanismo de trabalho dos sonhos e o
funcionamento do aparato mental. Apresenta o mecanismo de deslocamento na possibilidade que as
ideias têm, no inconsciente, de ‘emprestar’ seu valor para outras ideias, de modo que fatos ou imagens
aparentemente sem importância podem ter sido amenizados, com o que burlam a censura, compondo o
material do sonho. De forma inversa fatos que aparecem no sonho como extremamente nítidos ou
valorizados usualmente ganharam seu relevo por uma associação a outra ideia, esta sim, de grande
importância. Vale dizer ainda que a distorção a que o material do sonho foi submetida nunca é casual ou
caótica, e é por provar isto que o trabalho de Freud adquiriu seu valor. Uma ideia (um desejo, uma
intenção ou mesmo uma percepção) está permanentemente relacionada a outras. A natureza desta relação
é muito abrangente, podendo ser determinada pela proximidade espacial ou temporal em que ocorreu,
pela similaridade, pela homofonia, enfim, por toda uma gama de possibilidades. O que importa é que a
ideia ‘principal’, uma vez que tenha sido censurada, não poderá ser reconhecida no consciente, mas as
ideias com as quais se associa, uma vez que esta associação não seja óbvia, podem ser utilizadas para
representá-la (deslocamento). Então, lembrando que no inconsciente as ideias buscam sua expressão, ou
nos termos de Freud: os desejos buscam sua realização, o trabalho do sonho é a maneira pela qual um
desejo pode se realizar por seus substitutos. O passo seguinte é o que permite a intervenção clínica da
psicanálise. Os sintomas, Freud demonstra, são também realizações de desejo. A diferença em relação aos
sonhos é que nos sintomas um compromisso se estabelece entre o desejo e a censura, fazendo com que
nem o desejo se realize por completo nem a censura seja totalmente eficaz. Desta forma um desejo mais
‘amenizado’ é realizado. Uma consequência direta desta explicação do sintoma é muita incômoda para
todos nós.
Considerações finais.
Se nossos desejos devem levar em consideração a realidade para que possamos aceitá-los, como saber se
o que reconhecemos como nossos desejos não são amenizações de nossos ‘verdadeiros’ desejos, estes inconscientes? Em outras palavras, uma vez que vivemos em sociedade, tendo que considerar suas regras,
somos todos neuróticos.


9. Qual a definição de psicose e quais são as causas mais comuns ?
Resposta: após muitas leituras entendi se definir que as psicoses “implicam um processo deteriorativo
das funções do ego, a tal ponto que haja, em graus variáveis, algum sério prejuízo do contato com a
realidade. É o caso, por exemplo, das diferentes formas de esquizofrenias crônicas” (ZIMERMAN, 1999,
p. 227). Portanto, a psicose tem como núcleo estruturante central a prevalência do princípio do prazer
sobre o princípio da realidade. Dessa forma, as funções do ego são prejudicadas, caracterizando o contato
do indivíduo psicótico com seu mundo externo como um ambiente restrito ao seu universo interpsíquico,
ou seja, um mundo só seu. Freud permite entendermos a psicose como um distanciamento do ego (a
serviço do id) da realidade, com predomínio do id (e não o princípio da realidade) sobre o ego em si. Ele
estabeleceu a existência de duas fases para o desenvolvimento de uma defesa psicótica diante um
estímulo. Inicialmente, o distanciamento do ego para muito além da realidade do estímulo apresentado;
em seguida, uma possibilidade de tentar reparar o dano provocado pelo distanciamento, por meio do
restabelecimento dos contatos do indivíduo com a realidade que o cerca, mas à custa do id (SOARES e
MIRÂNDOLA, 1998).
Entre as causas mais comuns estão perturbações mentais como a esquizofrenia ou perturbação
bipolar, privação do sono, algumas condições médicas, alguns medicamentos e drogas como o álcool ou
a cannabis. Um dos tipos, denominado psicose pós-parto, pode ocorrer após o parto. Acredita-se que na
causa esteja implicado o neurotransmissor dopamina.
[7] A psicose aguda é considerada primária quando
resulta de uma condição psiquiátrica e secundária quando é causada por uma condição médica. O
diagnóstico de uma perturbação mental requer que sejam excluídas outras potenciais causas. Podem ser
realizados exames ao sistema nervoso central para avaliar como potenciais causas doenças, toxinas ou
outros problemas de saúde.
10. Defina Histeria, quais os principais sintomas e causas.
Resposta: Interessante o modo como é entendido a Histeria por teóricos e de acordo com as pesquisas
estudadas, vou falar um pouco da história do conceito e origem do termo histeria que era usado para se
referir ao útero (hystera). Desde o Egito Antigo, estas manifestações corporais já eram descritas, embora
tenham sido nomeadas desse modo anos mais tarde. Na Antiguidade, com Hipócrates (460 a.C.-377 a.C.),
pensava-se que a histeria atingia apenas as mulheres. O fato dos sintomas manifestarem-se como
sufocação fez com que os estudiosos deduzissem que se tratava de uma ação migratória do útero pelo
corpo, produzindo sensações de “nós”, “engasgos”, “sufocamentos”. Platão (427 a.C.-327 a.C.), se apoiou
nas considerações de Hipócrates e concluiu que essas manifestações eram formas do útero irritado clamar
por relações sexuais após um longo período de esterilidade e abstinência. Para reverter esses sintomas
recomendava-se: gravidez, relações e trabalhos manuais (Roudinesco & Plon, 1998) Na Idade Média, essa explicação relacionada ao útero perde força devido à forte influência religiosa da época. A Igreja justificava os sintomas como ação do diabo, que se apropriaria do corpo das mulheres pecadoras e feiticeiras, que eram punidas por seus comportamentos. A histeria foi associada, assim, às
más condutas, e no Renascimento as mulheres histéricas foram queimadas nas fogueiras da Inquisição
para servirem de exemplo à população e prevenir atitudes pecaminosas. Ao fim do século XVII, na
Europa Ocidental, a histeria reapareceu nos debates, como uma patologia que imitava outras doenças, mas
não recebia o mesmo diagnóstico. Observou-se, naquela época, que as noções e descrições de doenças já
não eram mais suficientes para entender esse sofrimento. Com isto, novamente as explicações do útero,
como sede das manifestações, destacam-se (Kaufmann, 1996).
Sydenham (1624-1689) com base na teoria dos humores oferece uma significativa contribuição etiológica
para os desequilíbrios nervosos, que se configuravam como doenças que abalavam a dimensão emocional
da vida do sujeito. Essas patologias foram classificadas em dois tipos: histeria e hipocondria. A histeria
foi explicada como um acontecimento desencadeado por emoções violentas (quadro agudo) e mais
comum na população feminina. Já a hipocondria foi configurada por estados prolongados de tristeza
(quadro crônico) e que acometia geralmente a população masculina. Ainda no século XVIII, na tentativa
de melhor circunscrever a histeria, foram sendo registradas as características das mulheres histéricas
como forma de traçar perfis. As especificações incluíam: mulheres sensuais, morenas, temperamento
nervoso, boca grande, olhos vivos e negros, muito cabelo e excesso de fluxo menstrual. A imagem que
circulava a respeito dessas mulheres era a de que elas eram intensas e perigosas, para si e para os outros,
sendo capazes de produzir faíscas e combustão espontânea de seu próprio corpo. Essa justificativa se
devia ao fato de muitas mulheres consideradas histéricas terem sido encontradas carbonizadas (Pollo,
2003).
Por muito tempo, a histérica ficou conhecida como uma mulher sensual que se entregava aos prazeres
sexuais, no entanto, para desmentir isto, muitos autores escreveram a respeito das características e
peculiaridades dessas pacientes. Dentre os teóricos, destaca-se Briquet, que se valeu de 430 observações
clínicas, inclusive como forma de comprovar que essas mulheres sofriam exatamente por não serem
capazes de se entregarem às satisfações sexuais. Briquet não teria se afastado em absoluto da noção de
que a histeria era de origem nervosa, mas entendia esse tipo de funcionamento também como uma
predisposição hereditária. Foi o primeiro a ponderar que a histeria possuía leis próprias determinadas por
ações vitais (Trillat, 1991).
As escolas Salpêtrière e Nancy foram essenciais para o desenvolvimento da compreensão da histeria,
embora cada uma delas considerasse a função dos sintomas nesse quadro ao seu modo. Na primeira,
conduzida principalmente por Charcot, acreditava-se ser possível a identificação da lesão responsável
pelos sintomas histéricos e atribuía-se à histeria sintomas reais que poderiam ser mais bem investigados
por meio da hipnose. Assim, os pacientes eram submetidos ao estado hipnótico para identificar o
problema. Charcot promoveu uma separação definitiva entre a histeria e o útero, comprovando a
existência desses sintomas no sexo masculino. Já para a segunda escola, representada por Berhain e
Babisnki, a histeria era entendida como um fenômeno cultural, que sofria as interferências do meio. A
sintomatologia resultava de sugestões e simulações, portanto, o paciente histérico era um simulador
consciente da produção de suas manifestações (Azevedo, 2011).
Freud, a partir de sua experiência em Paris, descreve a histeria como uma manifestação sem definições
claras, observável ou associada a quadros de convulsões, paralisias, contraturas e distúrbios sensoriais.
Assim, a histeria podia agora ser estabelecida por indicações positivas e não mais por simulação, como se
acreditava anteriormente. Nas regiões afetadas havia uma excitabilidade diferente de outras partes do
corpo. Apesar da intensidade dos sintomas histéricos e dos prejuízos causados aos pacientes, os sintomas não ofereciam risco de morte e as funções intelectuais continuavam preservadas (Freud, 1886/1987a e
1888).
Os sintomas histéricos seriam frutos de um trauma que transforma a excitação psíquica em conversão
histérica sem respeitar a anatomia. O órgão poderia apresentar alterações influenciadas por elementos
presentes no ambiente ou em decorrência de um processo constitucional. Freud nomeia o processo de
submissão somática. Para que o processo ocorra, as associações são reprimidas pela incompatibilidade
entre o desejo e a censura. Esse conteúdo conflitivo é de ordem sexual. Mas a histeria origina-se de
causas sobredeterminadas, e a cada ataque o paciente revive a mesma situação e experiência da primeira
vez (Breuer & Freud, 1893/1987; Freud, 1910/1987c).
Segundo Freud (1905/1987b), o sintoma histérico é determinado psiquicamente, e o paciente utiliza um
dos órgãos para expressar pensamentos reprimidos. Com a irrupção de um desejo o eu se percebe
ameaçado, e para desvencilhar-se dessa circunstância produz a repressão; mas esse caminho nem sempre
é eficaz, gerando efeitos colaterais relacionados ao conteúdo recalcado. A manifestação histérica é a
princípio vivida como um incômodo, mas aos poucos o sujeito consegue obter algum tipo de benefício
com a sua nova condição. Desvendar um sintoma é complexo em decorrência da gama de significados e
das alterações realizadas para o conteúdo inconsciente ser representado (Freud, 1910/1987c).
A histeria, segundo Freud, decorre de uma experiência traumática, isto é, de um excesso de energia
descarregado de modo insatisfatório, escoando-se para o corpo por meio de um sintoma corporal. O
psiquismo não é capaz de lidar com essa quantidade de energia, pois ela remete de algum modo a um
conflito insuportável para o sujeito. Esse conflito permanece produzindo efeito no paciente, por vezes
sem que ele se dê conta (Freud, 1905/1987b).
Considerações finais: Deve-se ter extremo cuidado ao diagnosticar uma histeria, ou mesmo um
transtorno dissociativo (equivalente moderno ao que antigamente se chamava de histeria). Na maioria dos
pacientes, os sintomas são causados por um quadro clínico orgânico (como tumor cerebral, doenças
metabólicas ou endócrinas) ou um quadro psiquiátrico de bases diagnósticas mais firmes (como
depressão, esquizofrenia ou transtorno bipolar).


11. Quais são as práticas de Freud que antecedem a formulação da teoria psicanalítica?
Resposta: Atendendo pessoas com problemas nervosos, em Paris trabalhou com Jean Charcot ,
psiquiatra Fancês que tratava de histerias com hipnose. Em 1886 retornou para Viena e voltou a clinicar ,
usando seu principal instrumento de trabalho na eliminação dos sintomas dos distúrbios nervosos passou
a ser sugestão hipnótica. A Prática de hipnose foi substituída pelo método cartático tratamento que
possibilita a liberação de afetos e emoções ligadas a acontecimentos traumáticos.


12. Como se caracteriza a fases do desenvolvimento sexual?
Resposta: R. Fase oral: zona de erotização da boca;

-Fase anal: zona de erotização do ânus;
-Fase fálica: zona de erotização do órgão sexual;
-Fase genital: quando o objeto de erotização não está mais no próprio corpo, mas no corpo do outro

13. Como se caracteriza a pulsão?
Resposta: A pulsão se refere a um estado de tensão que busca, através de um objeto, a supressão deste
estado. É a origem das forças do psiquismo. Eros é a pulsão de vida e abrange as pulsões sexuais e as de
auto conservação. Tanatos é a pulsão de morte, pode ser autodestrutiva ou estar dirigida para fora e se
manifestar como pulsão agressiva ou destrutiva.

14. Quais os três usos do termo psicanálise?
Resposta: Teoria, Método de Investigação e análise. Teoria, método de investigação e a uma prática profissional.
Teoria, caracteriza-se por um conjunto de conhecimentossistematizados sobre o funcionamento da vida psíquica.
Método de investigação, caracteriza-se pelo método interpretativo, que busca o significado oculto daquilo que é
manifesto por meio de ações e palavras ou pelas produções imaginárias, como ossonhos, os delírios, as associações
livres, os atosfalhos. A prática profissional refere-se à forma de tratamento— Análise — que busca o autoconhecimento ou a cura, que ocorre através desse autoconhecimento. Atualmente, o exercício da Psicanálise ocorre de muitas outrasformas. Ou seja, é usada como base para
psicoterapias, aconselhamento, orientação; é aplicada no trabalho com grupos, instituições.
A Psicanálise também é um instrumento importante para a análise e compreensão de fenômenossociaisrelevantes:
as novasformas de sofrimento psíquico, o excesso de individualismo no mundo contemporâneo, a exacerbação da
violência.

15. Faça uma breve análise sobre o caso do HOMEM DOS RATOS.
Resposta: Resposta: Nota-se nesta obra o relato de um caso de um homem que busca tratamento com a
queixa de possuir ideias tremendamente obsessivas que dava medo de que algo pudesse acontecer com
sua família. Desde a infância essas ideias lhe ocorriam, mas foram intensificadas nos últimos anos.
Foram relatadas ideias que estabeleciam conexões com coisas sem importância, e isso gerava ansiedade
no paciente. A ideia dessas conexões sem muito sentido corroboram a hipótese de neurose obsessiva, pois
o retorno do recalcado ocorre frequentemente naqueles elementos que estabelecem a ligação entre as
palavras. O sintoma se estabelece dessa maneira porque o recalcamento nesta neurose recai sobre as
conexões entre os eventos . A existência dessas falsas conexões, conforme denominou Freud, demonstra
a ineficácia dos processos lógicos para combater a ideia atormentadora. O trabalho da escuta analítica
desse caso pode estar na busca das conexões perdidas, a fim de recolocá-las em um sentido possível para
o paciente, em que o afeto não esteja ausente. Freud acredita que a localização da origem dessa neurose
encontra-se na vida sexual infantil do paciente. Em casos de neurose obsessiva, é frequente encontrar
novos pontos de origem da doença durante a investigação psicanalítica, cada vez mais cedo. No paciente
do texto, é possível identificar no relato de sua infância crenças de que algo ruim aconteceria a seu pai.
Diante dessa crença de que algo ruim aconteceria, há um esforço por cumprir algumas promessas
obsessivas a fim de impedir essa punição. Freud (1909) estrutura esse conflito como uma pulsão “erótica e uma revolta contra ela; um desejo que ainda não se tornou compulsivo e, lutando contra ele, um medo já compulsivo” (p.147). Quando transformados em atos, muitas vezes se traduzem em ações sucessivas, em que a segunda visa a neutralizar a primeira.

16. – O tipo de delírio onde o paciente se acha transformado em lobo ou em outro tipo de animal é
chamado de?
Resposta: Este delírio é conhecido como teriantropia e se refere à crença na transformação em qualquer
animal. Se o indivíduo está convencido que é um lobo, trata-se de uma licantropia.

17. Freud postulou diversos mecanismos de defesa. Defina:
Recalque : A palavra recalque é formada pelo prefixo “re” (por inteiro) e “calcare” (pisar, pisotear), sendo
esta última proveniente de “calx” (calcanhar). Recalcar, então, é pisar sobre algo muitas vezes.De acordo
com sua origem, recalcado é algo que foi calcado muitas vezes. Uma pessoa recalcada, para a psicanálise,
é alguém que sofre de recalque ou recalcamento, isto é, alguém que sempre procura reprimir aspirações,
instintos e desejos. Em psicologia a repressão (ou recalque) é uma defesa inconsciente e automática de
pessoas que têm dificuldade para aceitar ideias que lhe sejam penosas ou perigosas.
Recalque na Psicanálise O recalque, ou repressão, é um dos conceitos básicos da psicanálise e foi desenvolvido por Sigmund
Freud. Segundo Freud, o recalque é um mecanismo mental de defesa, criado por pessoas que não
admitem a compatibilidade de ideias que não sejam suas. Conforme Freud, o recalque pode ser primário,
quando o inconsciente da repressão é constituído, ou secundário, quando envolve uma rejeição às
representações inconscientes. Segundo o psicanalista, o recalcado se sintomiza, transfere para o próprio
organismo as dores do inconsciente, ou transforma-os em sonhos e outros sintomas neuróticos. No
sentido estrito da palavra, trata-se da neurose histérica, quando se diagnostica alguém com recalque. Mas
a repressão também pode ser vista num sentido amplo, ocorrendo em algum momento em todos os seres
humanos.

18. O que é o COMPLEXO DE ÉDIPO? Explique com suas palavras.
Resposta: Uma fase no desenvolvimento infantil em que existe uma disputa entre a criança e o
progenitor do mesmo sexo pelo amor do progenitor do sexo oposto. . O complexo de édipo acontece entre
3 a 5 anos, a mãe é o objeto de desejo do menino tendo assim o pai como rival, ocorre à estruturação da
personalidade. Conjunto organizado de desejos amorosos e hostis que a criança sente em relação aos pais, o complexo apresenta-se como na história de Édipo-Rei: desejo da morte do rival que é a personagem do mesmo sexo e desejo sexual pela personagem do sexo oposto. Sob a sua forma negativa, apresenta-se de modo inverso: amor pelo progenitor do mesmo sexo e ódio ciumento ao progenitor do sexo oposto. Na
realidade, essas duas formas encontram-se em graus diversos na chamada forma completa do complexo
de Édipo, é vivido , durante a fase fálica; o seu declínio marca a entrada no período de latência. É
revivido na puberdade e é superado com maior ou menor êxito num tipo especial de escolha de objeto.

19. Qual são as diferenças entre transtorno bipolar e transtorno de personalidade borderline?
Resposta:
A. O transtorno afetivo bipolar é uma doença crônica caracterizada pela alternância entre dois
polos: o depressivo e o eufórico. Essas mudanças podem ocorrer de forma súbita e intensa.
O polo depressivo pode carregar características similares as de um quadro de depressão, como a perda de
interesse e prazer nas atividades que antes o paciente realizava, pessimismo, baixa autoestima, insônia e
isolamento. Esse estágio também pode ser conhecido como transtorno bipolar depressivo.
A pessoa bipolar experimenta essas flutuações de humor cujos efeitos negativos em sua vida são enormes,
já que atuam sobre as atitudes e reações, sendo essas, geralmente desproporcionais às situações.
 Raiva;
 Ansiedade;
 Apatia;
 Angústia;
 Euforia;
 Descontentamento geral;
 Culpa;
 Perda de interesse e prazer em atividades;
 Tristeza;
 Mudanças súbitas de humor (ciclo circadiano do humor, ou seja, acordar sem energia e triste,
mas ir melhorando ao longo do dia.)
No comportamento, a pessoa bipolar pode experimentar: 

 Agressividade;
 Agitação;
 Choro excessivo;
 Hiperatividade;
 Impulsividade;
 Irritabilidade;
 Autolesão.
B. Também conhecida por Transtorno de Personalidade Limítrofe ou Transtorno de Personalidade
Borderline, os pacientes com Síndrome de Borderline possuem um padrão de mudanças súbitas de
humor, comportamentos impulsivos e autodestrutivos, deturpação da autoimagem, compulsões,
descontrole emocional, entre outros. Eles também passam por episódios intensos
de raiva, ansiedade, depressão e dificuldade em criar laços, já que seus relacionamentos são instáveis.
Sintomas
 Autoimagem distorcida;
 Baixa autoestima;
 Relações instáveis e turbulentas;
 Emoções intensas;
 Descontrole emocional;
 Impulsividade;
 Imprudência;
 Agressividade;
 Tendências compulsivas;
 Alterações de humor;
 Automutilação;
 Comportamento suicida;
 Sentimento de abandono;
 Solidão;

20. O que é TDAH? Quais os principais sintomas?
Resposta: O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), caracterizado por desatenção,
hiperatividade e impulsividade, é uma desordem comportamental frequente na infância (Richters e cols.,
1995). Andrade e Scheuer (2004) apontam-no como o motivo de 30% a 50% dos atendimentos em saúde

mental nos Estados Unidos. Em 2004, foi reconhecido oficialmente como “um dos problemas mais graves
e importantes da saúde pública americana” (Caliman, 2008, p. 560). Os sintomas permanecem na vida
adulta em 67% dos casos (Lopes, Nascimento, & Bandeira, 2005) e trazem implicações à rotina da criança
e da família, consequências ao sistema educacional e maior incidência de condutas de risco na adolescência
(Hernández, 2007). Frequentemente relaciona-se ao insucesso educacional, baixa performance profissional,
perda na renda familiar, impacto econômico e social (Biederman, 2006; Rohde & Halpern, 2004).
Principais Sintomas:
Desatenção
a. frequentemente deixa de prestar atenção a detalhes ou comete erros por descuido em atividades
escolares, de trabalho ou outras;
b. com frequência tem dificuldades para manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas;
c. com frequência parece não escutar quando lhe dirigem a palavra;
d. com frequência não segue instruções e não termina seus deveres escolares, tarefas domésticas
ou deveres profissionais (não devido a comportamento de oposição ou incapacidade de
compreender instruções);
e. com frequência tem dificuldade para organizar tarefas e atividades;
f. com frequência evita, antipatiza ou reluta a envolver-se em tarefas que exijam esforço mental
constante (como tarefas escolares e deveres de casa);
g. com frequência perde coisas necessárias para tarefas ou atividades (por ex. brinquedos, tarefas
escolares, lápis, livros ou outros materiais);
h. é facilmente distraído por estímulos alheios às tarefas;
i. com frequência apresenta esquecimento em atividades físicas.

(1) Hiperatividade
a. frequentemente agita as mãos ou os pés ou se remexe na cadeira;
b. frequentemente abandona sua cadeira em sala de aula ou outras situações nas quais se espera
que permaneça sentado; c.
frequentemente corre ou escala em demasia, em situações nas quais isto é inapropriado (em
adolescentes e adultos, pode estar limitado a sensações subjetivas de inquietação);
d. com frequência tem dificuldade para brincar ou se envolver silenciosamente em atividades de
lazer; e.
está frequentemente “a mil” ou muitas vezes age como se estivesse “a todo vapor”;
f. frequentemente fala em demasia; g.
frequentemente dá respostas precipitadas antes de as perguntas terem sido completadas;
h. com frequência tem dificuldade para aguardar sua vez; i.
frequentemente interrompe ou se mete em assuntos de outros (por exemplo, intromete-se em
conversas ou brincadeiras).

21. Carl Gustav Jung sugeriu que a psique era composta por três componentes, quais são eles?
Resposta: A psique (psiquismo humano) é formada por: consciente, inconsciente pessoal e inconsciente
coletivo.

22. Quem foi Melanie Klein e qual era a sua teoria?

Resposta: Melanie Klein nasceu em Viena no ano de 1882 e faleceu em Londres em 1960, foi uma
psicanalista austríaca e classificada como uma psicoterapeuta pós-freudiana. Seguidora de Freud, procurou
reforçar e buscar novos aspectos no desenvolvimento da criança. Uma das primeiras conclusões que tirou
foi que as primeiras fases do desenvolvimento deverão resultar em conflitos na criança que poderão ou não
originar problemas infantis, dependendo da resolução que façam. Melanie Klein conceituou e desenvolveu
a importância da relação de objeto na formação do ego (como exemplo, a formação dos aspectos afetivos,
instintos de vida e de morte e na pulsão de morte). Introduziu o conceito de identificação projetiva1 como
base para as relações objetais; e outros conceitos como a introjeção2 e a idealização3 . Com esta capacidade
de atribuir qualidades a um objeto, Klein partiu do princípio que desde muito cedo a criança tem noções de
bom e de mau e é capaz de manifestar sentimentos em relação a esses objetos. Uma das principais
contribuições da teorização kleiniana são os conceitos de posição esquizo-paranóide e posição depressiva.
Estes são períodos normais do desenvolvimento que perpassam a vida de todas as crianças, tais como as
fases do desenvolvimento psicossexual criadas por Freud (1905/1969)..