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a psicanalise e a psicoterapia

A psicanálise e a psicoterapia

Sociedade Internacional de Psicanálise de São Paulo- Curso de Doutorado Livre em Psicanálise

Resumo da disciplina: A psicanálise e a psicoterapia

O ser humano ao suportar os sofrimentos de toda espécie, provocados pelas dificuldades diárias, encontra-se com uma bagagem de conhecimentos trabalhosamente adquiridos na escola, no trabalho, na família, na prática, que nada lhe servem ante o inimigo que, lentamente abala sua saúde, deixando-o exposto a todos os tipos de desequilíbrios mentais, que seguramente abalarão sua saúde física. Mas como querer que o ser humano tenha equilíbrio emocional e viva com saúde, se ele convive com problemas sociais e econômicos que o afligem; com a busca desenfreada por uma melhor sorte, a ambição desmedida, os excessos sexuais, o ódio, o amor, a inveja, o orgulho totalmente descontrolado; que debilitam o sistema nervoso, levando ao estresse e perturbando as funções fisiológicas. O tratamento em casos graves deve ser acompanhado por um médico e um psicoterapeuta E OU PSICANALISTA, porque um complementa o outro; porque as doenças psicossomáticas são alterações funcionais psíquicas ou imaginárias que acometem uma pessoa.

A psicanálise é um trabalho de autoconhecimento em um nível mais profundo, levando o ser humano de encontro consigo mesmo, o que nem sempre ocorre de maneira suave e tranquila. Freud não observou sonhos melhor que os outros investigadores que o precederam, mas aplicou aos sonhos o método de associação
livre, e isso lhe permitiu produzir um novo material, o conteúdo latente, que agregado ao conteúdo manifesto, possibilitou a descoberta das leis que regem a elaboração onírica. Ela só se realiza com o controle de sistemas teóricos que determinam as regras de observação e de seleção, em uma montagem técnica que constitui o campo experimental: o dado se constrói.

O analista interpreta em função de uma tripla determinação: o que consegue escutar do que é falado pelo paciente (via atenção flutuante), o que incorporou do
sistema conceituai e que determina sua forma de privilegiar o material em função dos eixos referenciais básicos e, por último, pela contratransferência, cuja percepção e utilização instrumental é possível pelo conhecimento, sempre relativo, que o analista tem de seus próprios processos inconscientes. Portanto, fazer psicanálise não é só possuir um instrumento teórico, não é só ter um paciente que cumpre a regra fundamental, que às vezes pode ser simplesmente um ritual, não é só estar alerta às vivências que o paciente desperta, mas é a articulação de todos esses elementos que tornará possível o processo analítico. Elaborando ao longo de sua experiência: fazer consciente o inconsciente, resolver fixações infantis onde era o isso o eu deve advir, colocar menos energias a serviço das defesas, ter mais capacidade de realizar sublimações e, em última instância, melhorar as transações que o eu deve fazer constantemente ante as exigências contraditórias que lhe impõem o isso, o supereu e a realidade exterior. O estudo das resistências é importante para a descoberta da causa dos sintomas que afligiam o paciente, para fazer o diagnóstico de sua doença mental.

Sociedade Internacional de Psicanálise de São Paulo- Curso de Doutorado Livre em Psicanálise

A técnica da análise dos atos falhos: era chamada assim por Freud e outros psicólogos, por causa dos esquecimentos ou lapsos de linguagem; enfim certos atos
que praticamos e que, aparentemente não tínhamos a intenção de praticar. Como síntese provisória, poderíamos dizer que para Freud, o projeto terapêutico teria por finalidade:

1.uma redução quantitativa do espaço psíquico sob a égide do inconsciente; 2.permitir que o eu submeta a seus próprios fins uma parte dos desejos inconscientes,
possibilitando recursos sublimatórios e tendo um prazer sexual e relacional realizável com outros reais, que não sejam, fonte de conflito; 3.mudar a relação presente entre o eu e os efeitos do recalcado que retorna; 4.transformar a organização fantasmática, quer dizer, alguns dos conteúdos inconscientes, de forma que percam sentido as inibições, as defesas, a angústia, os sintomas e os estereótipos caracteriais a que o eu se via obrigado a recorrer.

Freud descobre cinco tipos de resistência, habitualmente costuma-se ensinar teoria psicanalítica de acordo com dois modelos: O primeiro é o modelo hipotético-
dedutivo, que apresenta a teoria como um todo acabado, coerente, que vai desde as hipóteses mais abstratas até as mais específicas; em geral são exposições
dogmáticas que deixam de lado os pontos obscuros que requerem maior elaboração.
Isso faz com que em muitos pacientes, encontremos não um branco em sua história, mas um texto que vem recobri-la, texto que repete a conceitualização psicanalítica em voga e conta a história da infância, não de sua infância. Assim como Freud se ocupava em definir pacientes com um alto nível de resistência e um baixo nível de resistência; hoje se poderia falar de pacientes com alto nível de crença e baixo nível de crença.

Desde os anos vinte, seguidores de Freud, como o psicanalista austríaco Otto Fenichel, já achavam que algumas pessoas por causa da urgência e do tipo do
problema que estavam vivendo, poderiam ser encaminhadas para terapias mais rápidas do que a psicanálise. Apesar do sucesso, alguns psicanalistas, como António Quinet, membro da Escola Brasileira de Psicanálise, consideram essa forma de terapia apenas uma promessa, nem sempre cumprida, de nos livrar facilmente dos problemas: o sintoma é apenas a ponta de um iceberg da vida da pessoa. Ao contrário da análise tradicional, que dura em média de sete a
dez anos, mas não tem prazo para terminar; a psicoterapia breve dura tempo limitado (de dois meses a um ano), prevê um número fixo de sessões, que são combinadas com o paciente e trabalha com um objetivo específico, que pode se resolver desde uma crise no casamento até um problema com os filhos.

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Enquanto a psicanálise modifica a relação da pessoa com o mundo, a psicoterapia breve muda sua relação com o mal estar. Há basicamente duas linhas de psicoterapia breve: a de orientação psicanalítica e a cognitiva ou comportamental. Vejamos abaixo as situações em que a psicoterapia breve pode ser usada com bons resultados: Crise familiar A psicoterapia breve funciona muito bem em casos como conflitos com um dos filhos ou entre irmãos.

Tem esse nome de mecanismos de defesa, os modos do ego equilibrar as duas forças opostas (Id e Superego) em conflito constante. Pode ser através da repressão, racionalização, projeção, conversão, sublimação etc. É necessário o psicanalista reconhecer quando existe a necessidade de encaminhar um paciente para avaliação psiquiátrica e qual o momento certo para isso. Mas como essa origem não é uma relação causal, mas uma conexão pela raiz, irracional e psíquica, torna-se difícil para quem está de fora relacionar os fundamentos da psicanálise com a instituição religiosa da confissão. No momento em que o espírito humano conseguiu inventar a ideia do pecado, surgiu à parte oculta do psiquismo; dentro da linguagem analítica: algo que esteja recalcado, que e segredo tem o mesmo efeito do veneno, de um veneno psíquico que torna o portador do segredo estranho à comunidade.

Palavras-Chave: Psicanálise. Verbalizar. Associação livre. Psicoterapia. Técnica.

Trabalho apresentado pelos alunos Ronaldo José de Menezes e José Samuel Teixeira Dantas como parte dos requisitos, para para a conclusão do curso livre de doutorado em psicanálise

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